“Podemos dizer, de um modo geral, que o mundo arcaico ignora as atividades “profanas”: qualquer ação com significado determinado – caça, pesca, agricultura, jogos, conflitos, sexualidade, etc., - participa, de certo modo, no sagrado” (ELIADE, 1969, p. 42).
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Se observarmos o comportamento geral do homem
arcaico, verificaremos que apenas os actos humanos
propriamente ditos, os objectos do mundo exterior,
possuem valor intrínseco autônomo. Um objecto ou
uma acção adquirem um valor e, deste modo, tornam-
se reais, porque de qualquer forma participam
de uma realidade que os transcende. Entre muitas
outras pedras, uma torna-se sagrada – e, por conseqüência,
fica imediatamente impregnada de ser -,
porque constitui uma hierofania, ou porque possui um
maná, ou porque a sua forma reflecte um certo simbolismo,
ou ainda porque comemora um acto mítico
etc (ELIADE, 1969, p. 18).
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